É papel da arquitetura compreender as necessidades dos usuários de seus projetos, seja eles de pequena escala, como uma casa, ou de grande porte, como no caso do centro cultural e de exposições proposto pelo concurso. Assim, descobrir a exata dimensão que um espaço deve ter para ser adequado aos usos nele pretendidos é determinante para sua qualidade. No entanto, contrário ao senso comum, um bom centro de convenções não se caracteriza pela precisão de área, mas estranhamente por sua flexibilidade.
Os diferentes eventos raramente ocorrem com as mesmas dimensões. Por exemplo, uma exposição voltada ao setor de moda dificilmente exigirá a mesma área e pé-direito que um evento voltado à construção civil. Desta forma, um bom centro de exposições deve ser capaz de comportar feiras de diferentes tamanhos, sem excesso ou falta de áreas. Desta premissa, surge o partido utilizado na organização espacial deste projeto.
Para comportar adequadamente diversos tipos de festivais, propôs-se um grande salão não obstruído por elementos estruturais e passível de ser subdividido em dois espaços menores. Além disso, as cinco salas de reunião, programaticamente previstas para cem pessoas cada, foram interpretadas como espaços reprogramáveis, que ora servem como ambientes restritos de reunião, ora se abrem como um complemento aos espaços expositivos.
O mesmo ocorre no auditório que espacialmente integra-se ao bloco do salão de exposições, mas que também passível de funcionamento de maneira independente, subdividindo-se em dois salões de menor porte.