A partir de uma problemática colocada pela SPTrans, a concepção do projeto das Estações de Transferência – para o Sistema Integrado de Transportes da Prefeitura de São Paulo procurou reduzir ao máximo a interferência no visual da cidade. Como elas deveriam ser pensadas para canteiros centrais de avenidas e passeios públicos, muitas vezes em locais inclinados, adotou-se uma solução de pórticos longitudinais, dando a sensação de continuidade piso-teto, aliados a um módulo básico que pode ser ampliado (somado) de acordo com a necessidade. A leveza e flexibilidade desejadas no projeto ficam garantidas com o uso de estrutura de aço que, além de proporcionar uma estética aerodinâmica e tecnológica, permitiu reduzir as cargas na fundação e, consequentemente, as interferências no entorno existente.
Quinze anos depois, fomos contratados pela Otima para a reforma das Estações de Transferência. Com formato único na cidade, abertura para os dois lados e pontas arredondadas, as grandes estruturas chegam a ter 38 m de comprimento. Os pontos de ônibus ganharão vidros novos, instalação elétrica, luzes e painéis de informações dos ônibus que estão chegando. Outro avanço deve ser a troca do material que reveste a cobertura da estrutura. Os pontos ganharão também itens de acessibilidade, como piso tátil. A ideia é fazer das estações de transferência uma luminária para cidade, um ponto de encontro. O croqui e uma maquete das Estações de Transferência viraram parte do acervo do museu Pompidou, em Paris.